Vittorio Storaro - Dica Histórica

Vittorio Storaro é um renomado diretor cinematográfico, nascido em Roma em junho de 1940, é amplamente reconhecido como um dos principais nomes no que diz no trabalho com a luz e da cor na história do cinema.
Desde seu início como assistente de câmera até suas colaborações premiadas com grandes diretores, Storaro chamou sempre a atenção pela dimensão simbólica da imagem cinematográfica em seus trabalhos, transformando sua cinematografia em uma “poesia” artística.
O Início [1961-69]
Vittorio Storaro, “deu os seus primeiros passos” na área em 1961, ainda como técnico de filmagem. Nos seus primeiros trabalhos, ele estava mais presente em curta-metragens.
Dentro desses curtas, aconteceu a sua estreia como diretor cinematográfico, o seu trabalho em L’urlo (1966), com destaque para a fotografia em preto e branco, que lhe rendeu um prêmio Nastro d’Argento.
Formado pelo Centro Sperimentale di Cinematografia, entre os anos de 1958 e 1960, Storaro absorveu logo no início as influências artísticas que vinham desde a sua infância, quando assistia ao lado de sua família, projeções silenciosas de filmes em casa.
Um Estilo Marcante [1970-76]
A partir do ano de 1970, Vittorio Storaro começou a consolidar uma grande parceria com o roteirista Bernardo Bertolucci, com destaque para os seus trabalhos em A Estratégia da Aranha e em O Conformista, ambos lançados em 1970. Destaque para o segundo, que marcou o início do seu estilo visual que marcaria a sua carreira, com visual mais elegante e com trocas de cores impressionantes.
Ainda no mesmo ano, Storaro participou do longa O Pássaro das Plumas de Cristal, escrito por Dario Argento, o que demonstrou ainda mais a imersão que Storaro tinha na “Teoria das Cores”.

Reconhecimento Mundial [1977-87]
Neste período de 10 anos, podemos dizer que Vittorio Storaro alcançou o seu ápice em reconhecimento mundial. Primeiramente, veio com Apocalypse Now (1979), dirigido por Francis Ford Coppola. A fotografia simbólica presente nesse filme lhe rendeu a sua primeira premiação de Oscar de Melhor Fotografia (à época com essa denominação).
Em seguida, em 1981, veio a sua segunda consagração no Oscar, com o filme Reds, de Warren Beatty. E em 1987, em parceria com Bertolucci, venceu o seu terceiro Oscar com o filme O Último Imperador. Até a data dessa publicação, Storaro está entre os únicos três cinematógrafos vivos com três estatuetas de Oscar. Nessa “prateleira”, estão juntos o estadunidense Robert Richardson e o mexicano Emmanuel “Chivo” Lubezki.

Inovações e Novas Aventuras [1988-01]
Após O Último Imperador, Storaro continuou a explorar luz e forma em filmes como Dick Tracy (1990), que resultou em uma nova indicação ao Oscar, mas sem vencer, além de outras produções de grande impacto visual.
Em 2001, foi honrado com o Prêmio de Realização em Cinematografia pela American Society of Cinematographers. No mesmo período, publicou seu primeiro livro, nominado como “Scrivere con la luce” (2002), fundindo técnica, filosofia e poética visual.

Legado e Univisium [1998-Presente]
Durante o século XXI, Vittorio Storaro continuou ativo, e a partir da década de 2010, começo a se arriscar mais no digital, como em Café Society (2016), de Woody Allen.
Em 2017, foi homenageado com o George Eastman Award por sua contribuição duradoura ao cinema. Junto ao filho Fabrizio, concebeu o formato Univisium (relação 2:1), pensando em padronizar cinema e TV de forma estética e prática. Em 2024, recebeu o prêmio Quarzo d’Oro pelo conjunto da obra.
