Margaret Bourke-White - Dica Histórica
Nascida em junho de 1904, em Nova York, e descobrindo a sua paixão pela fotografia ainda enquanto estava estudando na Universidade de Columbia, Margaret Bourke-White se tornou uma das grandes personalidades da fotografia no século XX.
Servindo de inspiração para as gerações seguintes, Bourke-White demonstrou durante a sua carreira as suas habilidades de coragem, visão artística e um talento excepcional em capturar grandes momentos históricos. E em muitos momentos, servindo como pioneira feminina nesses registros.
E apesar de possuir diversos grandes momentos durante a sua vida, vamos destacar cinco grandes histórias que ela esteve presente durante a sua carreira.
Pioneira na União Soviética [1930]
Em 1930, Margaret se tornou a primeira fotógrafa estrangeira autorizada pelo governo soviético a fotografar dentro do país durante a era de Stalin no governo.
Os seus principais registros no país foram os trabalhos pesados nos campos e na industrialização da União Soviética, uma visão pouco explorada pelo Ocidente.
Essa experiência de Bourke-White foi crucial no crescimento do alcance internacional do “nome” de Margaret.
Revista LIFE [1936]
Em 1936, Margaret Bourke-White se tornou a primeira mulher a integrar a equipe da revista LIFE, na época ainda no início, mas que acabou se tornando uma referência no jornalismo visual.
Margaret também foi responsável por fotografar a primeira capa da revista, e a imagem icônica da barragem de Fort Peck, em Montana, se tornou um símbolo para o fotojornalismo.
Esse momento foi essencial na consolidação da carreira dela, se tornando uma das principais profissionais da época.
Resultados da Grande Depressão [1937]
Durante a Grande Depressão que oprimiu os Estados Unidos, Margaret viajou ao sul do país, com o objetivo de registrar a miséria e o desespero das pessoas na época.
Todos os registros feito pela Margaret das famílias e paisagens arrasadas pela depressão financeira, foram publicadas no livro You Have Seen Their Faces, 1937 (“Você pode ver nos rostos deles”, na tradução livre), publicado juntamente com o escritor Erskine Caldwell.
Segunda Guerra Mundial [1941-45]
Durante a Segunda Guerra Mundial, Bourke-White esteve presente na linha de frente em diversos eventos durante a guerra, sendo uma das primeiras correspondentes feminina na guerra.
Ela cobriu a invasão soviética à Alemanha, viajou com o exército americano em missões na Itália e no norte da África. Além disso, ela documentou a libertação do campo de concentração de Buchenwald, com registros perturbadores dos prisioneiros, e mostrando realidades do Holocausto.
Partição da Índia [1947]
Outro momento histórico que a Margaret Bourke-White esteve presente foi no processo de Partição da Índia, em 1947. Os registros marcaram as cenas de êxodo, violência e desesperos no deslocamento de pessoas durante a divisão do subcontinente entre Índia e Paquistão.
As imagens feitas por Margaret são essenciais na hora da documentação e compreensão deste evento na Ásia.
Legado
Falecida em agosto de 1971, aos 67 anos, Margaret Bourke-White deixou um legado imenso como uma das pioneiras feminina no fotojornalismo.
As suas contribuições não apenas impactaram os momentos durante o acontecimento, mas também abriu portas para gerações futuras de mulheres fotógrafas.
O seu “olho afiado” para composições, a coragem de registrar momentos tensos e até perigosos, ela moldou de forma profunda uma área do fotojornalismo.
Abaixo você pode conferir algumas imagens que a Margaret registrou durante a sua carreira: