Julia Margaret Cameron - Dica Histórica

Julia Margaret Cameron, nascida em 1815, na Índia britânica, mas educada na França e na Inglaterra, foi uma das primeiras fotógrafas a transformar a fotografia em uma forma de arte.

Curiosamente, a caminhada de Julia começou relativamente tarde, aos 48 anos, após receber uma câmera de presente da sua filha.

Início na fotografia [1863-64]

Após receber a sua primeira câmera, Margaret rapidamente se apaixonou pela fotografia, de início experimentando retratos com iluminação, composição e foco suave.

Por possuir um estilo que remetia a obras de artes renascentistas, ela não tinha como objetivo a precisão técnica, e sim, a captura da essência e emoção nos retratos.

Foto: "Paul and Virginia", 1864 - Julia Margaret Cameron

Celebridades [1865-66]

Mesmo estando no início de sua carreira, a Julia Margaret fotografou grandes personalidades na época, como o poeta Alfred Tennyson, o cientista Charles Darwin e o historiador Thomas Carlyle.

O estilo dos seus retratos chamaram a atenção por serem próximos no quesito emocional, uma iluminação dramática e um foco suave, priorizando a profundidade psicológica dos sujeitos.

Foto: "Charles Darwin", 1868 - Julia Margaret Cameron

“Idylls of the King” [1874]

Uma das primeiras colaborações da carreira da Margaret foi a sua série fotográfica “Idylls of the King”, trabalho em conjunto com o poeta Alfred Tennyson onde tem como base nas lendas do rei Arthur.

As imagens criadas por Cameron traduziram a poesia um cenário visual e simbólico. Esse trabalho consolidou o seu nome como uma artista visionária e que reforçou a parceria entre fotografia e literatura.

Foto: "Idylls of the King", 1874 - Julia Margaret Cameron

Últimos anos [1875-79]

Em 1875, a Margaret se muda da Europa para Ceilão, que viria se tornar o Sri Lanka, juntamente de seu marido, onde continuou a fotografar, mas com menos recursos do que antes.

Algumas das suas últimas imagens publicadas mostravam a mesma sensibilidade de trabalhos anteriores, mas agora com destaque para os habitantes locais e a vida cotidiana no país.

Foto: "A Group of Kalutara Peasants", 1875 - Julia Margaret Cameron

Legado

Mesmo após a sua morte em 1879, aos 63 anos, Cameron se tornou uma referência na fotografia, muito por conta da revolução na fotografia, ao usar a câmera como um instrumento de arte.

Atualmente, suas obras estão em diversos acervos de museus pelo mundo, como o National Portrait Gallery e o Victoria and Albert Museum, ambos em Londres, e servem como inspiração para as novas gerações de fotógrafos.

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