Garry Winogrand - Dica Histórica
Nascido na região do Bronx, em Nova York, Garry Winogrand é de uma família de imigrantes que foi aos Estados Unidos no início do século XX. Garry se destacou como um dos fotógrafos de rua mais influentes do seu tempo, e chamou a atenção pelo seu olhar diferenciado e a abordagem visceral da vida urbana americana.
Acompanhada da sua câmera Leica e das lentes grande-angulares, Garry andava pela cidade capturando cenas cotidianas de forma eclética e frenética.
"The Family of Man" [1955]
Após passar um tempo servindo à Força Aérea dos Estados Unidos e estudar pintura em Columbia University e fotografia com Alexey Brodovitch, Winogrand começou a fotografar Nova York na década de 1950.
Sua foto presente na exposição The Family of Man no MoMA em 1955 foi um grande marco inicial para sua carreira, sendo um “primeiro” reconhecimento já em um dos maiores eventos de fotografia no mundo.
"New Documents" [1967]
No ano de 1967, Garry Winogrand foi um dos selecionados para a exposição New Documents no MoMA, estando ao lado de Diane Arbus e Lee Friedlander.
Essa exibição idealizada por Szarkowski foi um divisor de águas para as mostras realizadas até então, ela trouxe o estilo instantâneo e subjetivo ao patamar de arte, valorizando os registros pessoais e o uso livre de diretrizes editoriais.
Projetos nas décadas de 60 e 70
Durante esse período, Garry Winogrand desenvolveu diversos projetos fotográficos que marcaram a sua carreira, como “The Animals” (1969), com fotos feitas no Central Park Zoo e Coney Island, fazendo uma combinação de humor e a observação das relações humanas-animais.
Nos anos de 1975 e 1977, Garry trouxe dois grandes projetos com “Women Are Beautiful”, polêmico por conta da objetificação feminina nas capturas espontâneas nas ruas americanas, e com “Public Relations”, onde Garry visou em capturar o efeito da mídia nos eventos, onde ocorria a antecipação da crítica à performance das pessoas na frente das câmeras.
Reconhecimento e Prêmios
Ao longo de sua carreira, Winogrand recebeu um total de três bolsas Guggenheim (1964, 1969 e 1978) e uma do NEA em 1975, bolsas que apoiaram as suas viagens pelos Estados Unidos e nos seus estudos sobre a mídia.
Ele teve exposições solo no MoMA em três oportunidades e em três décadas diferentes (1969, 1977 e 1988). Garry Winogrand também participou de mostras importantes como o “Five Unrelated Photographers” em 1963 e do “Toward a Social Landscape” em 1966.
Legado Póstumo
Quando Garry Windgrand faleceu em 1984, foi deixado um imenso acervo com cerca de 300.000 imagens ainda não editadas. Em 1988, Szarkowski organizou uma grande exposição póstuma no MoMA com imagens inéditas em homenagem à Garry.
Mais recentemente, entre os anos de 2013 e 2014, a SFMOMA, National Gallery e Met promoveram uma nova retrospectiva de Garry, revelando ao público, cerca de um terço do acervo de imagens nunca publicadas.
