Vivian Maier - Dica Histórica

Vivian Maier foi uma fotógrafa americana que viveu discretamente como babá em Nova York e Chicago, e durante esse período, tirou mais de 150.000 fotos durante sua vida, sem nunca as divulgar.

Somente após sua morte, foi descoberto o seu vasto arquivo, e de forma ao acaso, revelando uma das mais importantes referências da fotografia de rua do século XX.

Paixão pela Fotografia [1940-50]

Durante sua adolescência e início da vida adulta na França, Vivian conheceu e começou a fotografar com uma câmera simples Kodak Brownie. Mesmo iniciando, mostravam o seu talento com a sensibilidade visual e uma curiosidade constante por capturar cenas da vida urbana francesa e seu início nos Estados Unidos.

Nova York e Chicago [1950-60]

Em 1952, Vivian comprou uma câmera Rolleiflex TLR, modelo que ela passou a fotografar intensamente durante seus dias de folga em Nova York.

Quatro anos depois, em 1956, se mudou para Chicago, onde trabalhou por muitos anos como babá. Foi durante esse período, que produziu a maioria de suas imagens, usando sua Rolleiflex para capturar cenas urbanas, retratos espontâneos e autorretratos com muita originalidade.

Vida Reservada [1970-00]

Nas décadas seguintes, Vivian manteve sua rotina de cuidadora de crianças e continuou fotografando, mas deixou de revelar seus negativos.

Uma grande parte desses negativos ficaram armazenados sem revelar, muitas vezes esquecidas em caixas e maletas, enquanto ela se recusava a exibir publicamente seu trabalho.

Descoberta Póstuma [2007-09]

Em 2007, dois anos antes da morte de Vivian, o colecionador John Maloof adquiriu negativos e rolos não revelados em um leilão de unidades de armazenamento no subúrbio de Chicago.

Ao revelar as imagens, ele reconheceu o valor das imagens e começou a divulgá-las online. Entre os anos de 2008 e 2009, a obra de Maier explodiu em popularidade após ser compartilhada no Flickr e viralizar na comunidade fotográfica.

Exposições [2010-Atual]

Após sua morte em 2009, a obra de Vivian passou a ser exibida em museus e galerias prestigiadas como o Chicago Cultural Center e o Jeu de Paume em Paris.

Em 2011, foi publicado o livro Vivian Maier: Street Photographer, e o documentário Finding Vivian Maier (2013) foi indicado ao Oscar de melhor documentário. Sua trajetória “incomum”, se tornou objeto de estudos, discussões acadêmicas e referência no mundo da fotografia contemporânea.